Tipos de Dor: Nociceptiva, Neuropática e Nociplástica | Qual é a Sua?
A dor é uma experiência universal, mas será que você realmente entende de onde ela vem? Por muito tempo, a dor foi vista de forma simplista. No entanto, a ciência evoluiu, e hoje sabemos que a forma como nosso cérebro processa essa informação é muito mais complexa. Entender os tipos de dor é o primeiro passo não apenas para encontrar o tratamento certo, mas, principalmente, para reconquistar sua qualidade de vida.
Se você convive com uma dor que parece não ter explicação ou que não responde aos tratamentos convencionais, este guia é para você. Vamos desvendar os três principais tipos de dor e mostrar por que essa distinção muda tudo.
Tipo 1: Dor Nociceptiva – O Alarme Protetor do Corpo
A dor nociceptiva é a mais comum e, de certa forma, a mais fácil de entender. É a dor que sentimos quando há um dano real ou potencial nos tecidos do nosso corpo (pele, músculos, ossos, articulações).
Pense no exemplo clássico de torcer o tornozelo. Nesse momento, os tecidos são lesionados, e sensores especializados, chamados nociceptores, enviam um sinal de alerta ao cérebro. O cérebro, interpretando esse sinal, produz a sensação de dor para nos avisar: “Ei, algo está errado aqui, pare de usar esta parte do corpo para que ela possa se curar!”.
Características e Exemplos:
- Sensação: Geralmente descrita como latejante, aguda, pontada ou dolorida.
- Exemplos: Dor de uma queimadura, o incômodo de um corte, uma pancada, dor de dente ou a dor lombar causada por um desalinhamento vertebral (subluxação).
O tratamento para este tipo de dor foca na causa. O quiropraxista, por exemplo, atua corrigindo as disfunções na coluna que podem estar causando esse estímulo doloroso, ajudando o corpo a se recuperar e a parar de enviar os sinais de perigo.

Tipo 2: Dor Neuropática – Quando o Fio Desencapa
A dor neuropática é mais complexa e, felizmente, menos comum. Ela não é causada por um dano direto no tecido, mas sim por uma lesão ou disfunção no próprio sistema nervoso (os “fios” do corpo).
Sabe aquela dor do famoso nervo ciático, que desce pela perna como uma queimação, um choque ou um formigamento? Esse é um dos exemplos mais claros. Neste caso, o nervo, que deveria apenas transmitir informações, está irritado ou comprimido, e ele mesmo passa a emitir sinais de dor para o cérebro, mesmo sem um estímulo externo. Outros tipos de dor neuropática incluem a neuralgia do trigêmeo ou a dor do membro fantasma.
Características e Exemplos:
- Sensação: Descrita como queimação, formigamento, agulhadas, choque elétrico ou dormência dolorosa.
- Exemplos: Hérnia de disco comprimindo um nervo, síndrome do túnel do carpo, neuralgia pós-herpética.
O tratamento aqui exige uma abordagem diferente, focada em acalmar, descomprimir e restaurar a função do nervo afetado.
Tenho este Tipo de Dor e Quero Conversar com um Especialista.
Tipo 3: Dor Nociplástica – O Alarme com Defeito que Não Desliga
Este é o tipo de dor que a ciência vem desvendando mais recentemente. A dor nociplástica ocorre quando a lesão inicial já se curou, mas o sistema nervoso continua a gerar a sensação de dor.
Retomando o exemplo do tornozelo torcido: o osso e os ligamentos já se regeneraram, mas o cérebro, por algum motivo, não “desliga” o alarme de dor. O sistema de segurança do corpo fica hipersensível, reagindo de forma exagerada a qualquer estímulo. Fatores como estresse crônico, ansiedade e traumas podem contribuir para essa disfunção. Condições como a fibromialgia são frequentemente associadas a este mecanismo.
Características e Exemplos:
- Sensação: Dor generalizada, difusa, que muda de lugar e é acompanhada de fadiga, problemas de sono e sensibilidade aumentada ao toque.
- Exemplos: Fibromialgia, síndrome do intestino irritável, algumas dores de cabeça crônicas.
Quiropraxistas com conhecimento aprofundado do sistema nervoso podem identificar sinais de dor nociplástica e ajudar o paciente a “resetar” esse sistema de alarme, muitas vezes em conjunto com outras terapias.
Conheça mais Sobre as Dores que a Quiropraxia Pode te Ajudar.
Por que Identificar os Tipos de Dor Muda Tudo?
A capacidade de identificar qual dos três tipos de dor é o seu (ou qual é o predominante, já que eles podem coexistir) é o que permite um tratamento preciso e eficaz. Em vez de simplesmente “apagar o fogo” com medicamentos, o profissional de saúde pode atuar na raiz do problema:
- Na dor nociceptiva: Corrigindo o desalinhamento.
- Na dor neuropática: Descomprimindo o nervo irritado.
- Na dor nociplástica: Ajudando o cérebro a modular corretamente os sinais de dor.

Não sei Qual é Minha dor Pode me Ajudar.
Conclusão: Conheça sua Dor para Viver Melhor
Conhecer sua dor é o primeiro passo para controlá-la. Se você se sente perdido em meio a diagnósticos confusos ou tratamentos que não funcionam, talvez a resposta esteja em entender qual é o mecanismo por trás do seu sofrimento.
Um profissional qualificado pode te ajudar a identificar os tipos de dor que você está sentindo e criar um plano de tratamento que faça sentido para você, abrindo o caminho para uma vida mais plena e sem limitações.
Conheça Mais Sobre o Trabalho da Quiro&Cia
Agende Sua Avaliação e Descubra a Causa da Sua Dor.
Referências Bibliográficas:
(A lista de referências original do texto seria inserida aqui) COHEN, Milton L. […] 2022. CORSO, Paola Fernanda Cotait de Lucas. […] 2019. GENEEN, Louise J. et al. […] 2017. (…e as demais referências)